Aconteceu de 23 a 25 em Buenos Aires, Argentina o Fórum de Resistência ao Agronegócio. Um espaço de discussao que reuniu movimentos sociais e organizacoes da Bolivia, Paraguai, Uruguai, Brasil, Argentina, Chile e Equador, para discutir o projeto político que Agronegócio vem impondo aos paises do Cone Sul.

Temas como a produçao de biocombustiveis em escala industrial, poluicao mundial, agricultura industrial e as monoculturas de soja e celulose foram debatidos durante os três dias.

Ricardo Carrere do Movimento Mundial pelos Bosques, Uruguay, diz que a maior ameaça que sofre a humanidade atualmente é a mudança climática, responsable pelo desaparecimento de comunidades e ecosistemas inteiros.

Outro problema destacado por Carrere é a estratégia usada por paises como os EUAA, um dos maiores poluidores mundiais, e que vem propôr um “mecanismo de desenvolvimento limpo”, que desenvolve o plantio, em larga escala, de árvores para a produçao de celulosa Segundo Carrere, o que há de verdade neste programa é ser realmente um mecanismo, mas de manipulaçao das pessoas, dos recursos naturais, do territorio, e que em nada contribui para diminuir o nível de poluiçao.

Carlos Vicente, pertencente a uma das organizacoes internacionais que compoe o forum, chama atencao para a perda de conhecimento e da biodiversidade agrícola, que segundo ele é a maior em toda a história da humanidade. As sementes, por exemplo, que sempre foram conservadas pelos camponeses e povos indígenas, estao sendo tomadas pelas grandes empresas que controlam o mercado do agronegócio. De representantes da vida, as sementes passam a ser tratadas como mercadorias, negociadas sob a lógica do mercado e submetidas a patentes e modificacao genética.

O Fórum Social de Resistencia ao Agronegócio tem o propósito de, através do pensamento coletivo, compartilhar experiências e promover alianças que fortalecam a luta contra a exploraçao dos camponeses, da terra, das sementes e contra a mercantilizaçao da vida.