Brasil de Fato

a pedra no sapato do neoliberalismo

2005-08-15 00:00:00

Uma grande festa, repleta de alegria, emoção e a certeza de
que é preciso trilhar um caminho por um Brasil mais
democrático e justo. Estes foram os sentimentos que
emergiram do ginásio Araújo Viana, na noite desta sexta-
feira, 29 de janeiro, na celebração do aniversário de dois
anos do Jornal Brasil de Fato, que aconteceu dentro das
atividades do V FSM.

Cerca de 6 mil pessoas, estiveram no local para apoiar e
celebrar a existência de um veículo que, como o próprio
nome diz, pretende mostrar e discutir os reais problemas do
povo brasileiro, que não tem espaço na grande imprensa.
Antes do ato político, músicas e canções sobre as lutas dos
povos da América Latina, animaram as milhares de pessoas
presentes.

“O Brasil de Fato é o único jornal de circulação nacional
que defende os interesses dos trabalhadores, seja do campo,
seja da cidade. É também o único que defende os interesses
nacionais, a saúde, educação e um futuro soberano pro país”,
afirmou o leitor Bolívar Gomes de Almeida, de Porto Alegre.

Durante o ato político, Hebe Bonafini, da Mães da Praça de
Maio, da Argentina, emocionou à todos, com sua presença. “A
revolução é o único caminho para os povos da América Latina.
Por isso, a comunicação é indispensável.”

“Este jornal deixou o caminho mais curto na luta contra o
imperialismo”, afirmou Mustafá Barghouti, que ficou em
segundo lugar nas eleições para a Autoridade Nacional
Palestina.

O advogado e diretor do Jornal Correio da Cidadania, Plínio
Arruda Sampaio usou de uma interessante metáfora para falar
sobre o Jornal: “Quero dizer à vocês que, diante da mídia
brasileira, o Brasil de Fato é uma pedrinha, mas se todos
nós tivermos esta pedrinha, será uma pedrada, como na
história de Davi e Golias. É disso que nós precisamos e é
por isso que estamos aqui hoje. Aqui está a turma do
estilingue”.

Os colaboradores e colaboradoras do periódico, que se foram
nestes dois anos, foram homeageados durante o ato. Pessoas
como o economista Celso Furtado e o professor Clóvis Moura,
que deixaram um importante legado para as lutas sociais no
país.

D. Tomás Balduíno, presidente nacional da Comissão Pastoral
da Terra (CPT) homenageou também, D. Pedro Casaldáliga,
bispo de São Felix do Araguaia, que depois de receber sua
aposentadoria, está sendo pressionado a deixar a comunidade.
João Pedro Stedile, representando o conselho político do
Jornal, disse que está convencido da importância do Jornal.
“Ele é um instrumento necessário para subsidiar a
militância e levar informação que ajude a organizar o povo”.

“Que o Brasil de Fato consiga ser cada vez mais forte na
sua opinão. Que seu espaço valorize a cultura dos
brasileiros, que é muito rica.

Por fim, que a gente possa, neste jornal, valorizar os
brasileiros de fato”, desejou a atriz brasileira Letícia
Sabatella Além dos citados, o ato político de 2 anos do
Brasil de Fato, contou com a presença do teólogo brasileiro
Leonardo Boff, da médica cubana Aleida Guevara, da
jornalista estadonidense Medea Benjamin, da escritora e
jornalista chilena Marta Harnecker, do historiador russo
Kiva Maidanik, do escritor paquitanês Tarik Ali, do
representante do governo da Venezuela, Maxmilien Averlaiz,
entre muitos outros amigos e amigas e colaboradores do
Jornal.