Microsoft: tô livre!!
O presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da
Informação (ITI), Sérgio Amadeu, explicou por que o
software livre é melhor do que um programa pirata da
Microsoft
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, foi um dos primeiros
artistas brasileiros a aderir publicamente à licença
“Creative Commons”, que já tem um milhão de obras
licenciadas, em pouco mais de um ano de funcionamento.
A licença permite que músicas, textos e imagens sejam
copiadas, recriadas e distribuídas livremente, significando
uma verdadeira revolução no conceito de propriedade
intelectual.
O “Creative Commons” foi criado por Lawrence Lessig,
professor de direito da Universidade de Stanford e
estudioso de aspectos legais das tecnologias modernas,
especialmente da internet.
Foi ao som de Gilberto Gil que se iniciou o seminário
Revolução Digital: Compartilhamento versus Bloqueio do
Conhecimento na Sociedade da Informação.
Sérgio Amadeu, autoridade máxima do governo brasileiro para
implantação de software livre, que sofreu recentemente
processo movido pela Microsoft, participou da mesa de
debates para falar sobre o assunto.
O rico encontro discutiu as facilidades e vantagens da
utilização do software livre. Amadeu falou sobre a
importância das tecnologias de informação nos dias de hoje
e destacou a necessidade de se discutir novas forma de
administrar essas tecnologias. “Vivemos numa sociedade dos
chamados protocolos de informação que utiliza o software
como mediador. O que precisamos é decidir se ela continuará
sendo concentradora de riquezas ou um modelo compartilhado
de conhecimento”, explicou.
De acordo com Amadeu, o ponto fundamental da discussão não
é a gratuidade do software, mas o compartilhamento do
conhecimento. “Essa mudança no controle da informação é
capaz de alterar a geopolítica do poder porque quebra o
modelo vigente graças ao monopólio do conhecimento”, contou.
Amadeu é presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da
Informação (ITI) e um dos maiores defensores do software
livre no País. Ele explicou a diferença entre a pirataria e
a utilização do software livre. “Eu chamo a pirataria de
uma rede corsários. Piratear um programa de uma grande
empresa só ajuda a manter o monopólio. Ao invés disso, as
pessoas deveriam adotar o software livre”, disse.
Ele acrescentou ainda que quanto mais plataformas e
programas piratas são usados em residências, mais isso
reforça o discurso proprietário de que existe somente um
tipo de programa e que todos querem usá-lo. Amadeu falou
sobre os altos preços de programas como o Corel e o
Photoshop. “Se você entar na casa de qualquer estudante
universitário de classe média, encontrará todos esses
programas pirateados.
As empresas preferem que esses grupos tenham programas
piratas ao invés de utilizarem o software livre. Elas
esperam que com o tempo e a evolução financeira desses
jovens, eles se tornem consumidores do produto”, declarou
Amadeu.
Segundo o especialista, o software livre também permite que
uma série de jovens capacitados tenham acesso a códigos de
programas e possam ter uma capacitação ainda muito mais
avançada.
Participaram do Seminário o Presidente da Free Software
Foundation Europe, George Greve e o articulador de
políticas digitais do MinC, Cláudio Prado, dentre outros.
Entre os dias 1 e 4 de junho acontecerá em Porto Alegre o
sexto Fórum Internacional Software Livre.
- Juliana Lanzarini - Agência Virajovem de Notícias
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