Jornada nacional de luta das mulheres tem seqüencia na capital do estado
Neste dia 10 de março, cerca de 900 mulheres, integrantes da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Desempregados, vindas de diversas regiões do Estado, chegam a capital gaúcha e darão início a uma Marcha pela vida e contra a violência praticada contra as mulheres.
Este ato faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres, que teve seu início no RS no dia de ontem, (09) com a ocupação da Fazenda Ana Paula, da empresa Votorantin, em Candiota, RS. Na capital, as mulheres da Via Campesina e urbanas, denunciam a violência praticada contra as mulheres e impunidade dos agressores, bem como, a violência do agronegócio que expulsa trabalhadores e trabalhadoras de suas terras, que concentra a produção e distribuição, padronizando os alimentos.
As mulheres denunciam que com a crise do sistema capitalista, quem mais sofre e é atingida são as trabalhadoras. No campo, elas sofrem com o trabalho duplicado, não reconhecido e nem valorizado. Na cidade, aumenta a exclusão, o desemprego e a pobreza. As trabalhadoras que permanecem nas fábricas têm jornadas excessivas sem aumento de salário.
De panelas vazias nas mãos e trouxas de roupas nas costas, as mulheres do campo e da cidade, marcham rumo ao centro da capital gaúcha, denunciando os investimentos públicos, para as empresas, em contraposição ao descaso com a agricultura camponesa. Além desta atividade, estão acontecendo outras em todo o Brasil.
MMC, Movimento de Mulheres Camponesas, Brasil