MST faz Jornada Nacional por Reforma Agrária
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PARANÁ
Cerca de 400 trabalhadores Sem Terra do MST, estão em marcha pelo Sudoeste
do Paraná desde o dia 14 de julho, chegam nesta quarta-feira (30/7) à
cidade de Francisco Beltrão.
A marcha reivindica agilidade no processo de Reforma Agrária e o fim da
criminalização das lutas dos movimentos sociais que está acontecendo no
país e empunhada principalmente pelo Ministério Público do Rio Grande do
Sul.
Os trabalhadores chegam às 9 h no calçadão da matriz da cidade, onde
várias entidades e movimentos sociais farão a recepção da marcha. À tarde,
a partir da 14 h, será realizada uma Audiência Pública contra a
criminalização dos movimentos sociais, no auditório da Unioeste
(Universidade Estadual do Oeste do Paraná).
Durante a caminhada, os trabalhadores percorrem cerca de 350 quilômetros
pelas cidades da região.
SANTA CATARINA
Na capital Florianópolis, os agricultores montaram acampamento na
Assembléia Legislativa, no saguão superior. Hoje, às 14 h será realizada
uma vigília em frente ao Tribunal de Justiça, em protesto à ação movida
pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, que enquadrou oito
companheiros do MST na Lei de Segurança Nacional, além de fazer outras
denúncias criminosas e infundadas. Os depoimentos dos companheiros serão
colhidos hoje, a partir das 13h30, na Comarca de Carazinho (RS).
O MST reivindica o assentamento imediato de 140 mil famílias acampadas no
Brasil, liberação dos recursos do Pronera (Programa Nacional de Educação
da Reforma Agrária), bem como um programa de crédito para desenvolver
agroindústrias nos assentamentos e incentivar a cooperação agrícola, como
forma de produzir alimentos saudáveis e baratos.
Produtos da Reforma Agrária, como feijão, mel, conservas de pepino e
cebola, óleo de girassol, leite, queijo, nata, açúcar mascavo, doces, pães
e muitos outros serão disponibilizados à população em uma feira que será
instalada na Praça da Alfândega, a partir desta quarta-feira (30/7).
SÃO PAULO
Trabalhadores do MST ocuparam nesta segunda-feira (28/07) o escritório do
Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária) de Itapeva, no
interior de São Paulo. O ato faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela
Reforma Agrária que também segue em andamento em outros Estados do país.
Em Itapeva, os Sem Terra exigem um programa de habitação para os
assentados, com mais agilidade no processo de construção de moradias. O
ato na região também cobra a liberação dos créditos do Pronaf (Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), um programa de
agroindústria e infra-estrutura básica para os assentamentos, como
saneamento básico e estradas com boas condições.
Na capital de São Paulo, cerca de 400 trabalhadores do MST permanecem
desde o dia 21 de junho na superintendência do Incra, para cobrar o
assentamento das 1.600 famílias acampadas e a liberação de crédito e
infra-estrutura para 700 famílias assentadas em todo o estado. “Antes
dizíamos que a reforma agrária andava a passos de tartaruga, a impressão
agora é de que a tartaruga parou”, aponta José Batista de Oliveira, da
coordenação nacional do MST.
BRASÍLIA
Desde de ontem (28/07), cerca de 600 trabalhadores e trabalhadoras do MST,
MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados) e MATR (Movimento de Apoio
ao Trabalhador Rural)permanecem ocupando, o prédio da Superintendência
regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária),
em Brasília.
Os Sem Terra denunciam que a Reforma Agrária está parada no Distrito
Federal. Reivindicam a reestruturação do INCRA, o assentamento de 1.800
famílias acampadas na região e a liberação de créditos, convênios e
recursos para os assentamentos.
A ação integra a Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária, realizada
em torno do Dia do Trabalhador Rural, 25 de julho, para denunciar a
lentidão no processo de criação de assentamentos, as promessas não
cumpridas e a prioridade do governo ao modelo do agronegócio. As ações
condenam também a criminalização dos movimentos sociais, especialmente no
Rio Grande do Sul e no Pará.
“A Reforma Agrária está parada em todo o país. Exigimos o assentamento das
famílias acampadas e um programa de agroindústrias para nossas áreas”,
afirma José Batista de Oliveira, da coordenação nacional do MST. “Só a
Reforma Agrária pode resolver o problema da crise do preço dos alimentos,
com o fortalecimento de um modelo de produção baseado em pequenas e médias
propriedades, que produzem 70% dos alimentos consumidos no país”.
“Queremos denunciar também o processo de criminalização dos movimentos
sociais, que impede a discussão sobre o futuro da agricultura e enfraquece
a democracia no país”, afirma Batista. No Rio Grande do Sul, o Ministério
Público do estado aprovou relatório que pede a dissolução do Movimento. No
Pará, o dirigente da CPT José Batista foi condenado à prisão por
participar de protesto no Incra.