A I Conferência Vozes de Nuestra América que aconteceu durante esta semana nos estados do Rio de Janeiro e Ceará, caracterizou-se como um grande espaço de celebração, estudo e trocas culturais e de experiência entre os estados brasileiros presentes e os representantes de povos da América Latina.

Desde segunda-feira (22) são debatidos temas como estratégias de resistência camposesas e cultura dos povos, lutas populares e pela emancipação das mulheres na América Latina, e compartilhadas experiências de diversos países presentes como Venezuela, Cuba, Nicarágua, Argentina, Chile, México e Canadá.

Para o Lupércio Damasceno do MST de Sergipe, a Conferência teve um papel fundamental para mostrar o quanto a integração latino-americana está avançando e ainda ressaltou a importância das manifestações artísticas e culturais durante as atividades.

Neste último dia de atividades, um dos destaques foi a participação de Roberta Transpadini (ES) que identifica como uma das grandes virtudes do evento ser o local onde foi realizado, colocando no nordeste a luta interamericana e mostrando para os convidados internacionais e para os outros estados a realidade cultural desta região. Aponta também para o fortalecimento da relação entre o grande número de público jovem urbano e do campo em um mesmo espaço de formação.

Mônica Baltodano da Nicarágua, outra painelista do último dia de atividades, afirmou que espaços de formação como a Conferência são fundamentais para uma estratégia de mudança social que só pode nascer do povo consciente. Baltodano que foi guerrilheira da Frente Sandinista pela Libertação Nacional (FSLN), colocando a experiência de seu país afirma que \"quando lutávamos com as armas nas mãos dizíamos que deveriamos despertar o povo adormecido, organizar o povo desperto, armar o povo organizado para a luta e a vitória final\", e que agora a arma princiapal é o conhecimento.

A I Conferência Vozes de Nuestra América encerra com música latino americana e confraternização dos participantes.