MST ocupa fazenda de Ricardo Teixeira e denuncia promiscuidade e corrupção que atinge até a Globo

MST
2017-07-25 17:00:00

Na região Sul do Estado do Rio de Janeiro, Teixeira mantém latifúndios, que são reivindicados pelos trabalhadores como punição aos corruptos
 
Como parte da Jornada Nacional do MST em defesa da Reforma Agrária e pautando a aquisição das terras dos corruptos, mais de 300 famílias ocuparam a fazenda Santa Rosa do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, notório denunciado e indiciado em casos de corrupção. O latifúndio fica localizado no município de Piraí, região Sul Fluminense, e concentra mais de 1500 há.

A máfia no futebol brasileiro é produto de exportação. Ricardo Teixeira não só desencadeou todo um sistema de estelionato sobre o futebol e lavagem de dinheiro no Brasil, segundo estimam procuradores do Ministério Público Federal, como sua expertisse em corrupção no futebol é pauta do FBI e da polícia Espanhola.

Muitas destas lavagens de dinheiro passam pelo contexto da aquisição e valorização expeculativa de grandes extensões de terras. Na ocupação os trabalhadores também denunciam que a Rede Globo tem contas a prestar nas relações com a CBF e FIFA comandadas por Teixeira, já que foram anos usufruindo diretamente com a compra exclusiva de direitos de transmissão.

A Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária apresenta para sociedade a proposta: “Corruptos, devolvam nossas terras!” Milhares de trabalhadores rurais ocupam, em todo país, fazendas ligadas a processos de corrupção ou a corruptos, onde exigem a destinação das terras para assentamento de famílias Sem Terra. O MST também coloca a saída dos golpistas instalados no planalto e a convocação de eleições diretas como condição para a retomada da Reforma Agrária.