Governos participam da Cúpula Social
A Cúpula Social pela Integração dos Povos que inicia amanha (6), se diferença de encontros anteriores. Este evento terá momentos de intersecção com os governos para debater temas como a militarização, infra-estrutura e financiamento. Para isto, os movimentos sociais já têm um documento de proposta que foi entregue oficialmente no Encontro de Chanceleres, que se realizou no Chile, em novembro.
Mas de três mil pessoas da América Latina e do Caribe, participam da Cúpula Social pela Integração dos Povos, que se realizará em Cochabamba - a Bolívia, desde o 6 a 9 de dezembro, organizada pela Aliança Social Continental (ASC), Movimento Boliviano pela Soberania e a Integração Solidária dos Povos.
Este encontro internacional de cerca de 50 organizações e movimentos sociais contará com 14 eixos temáticos, onde serao debatidos temas como a Agricultura, Soberania Alimentar, Migrações e Cidadania, Povos Indígenas, Militarização e Meio Ambiente, entre outros.
Também contará com 80 atividades autogestionadas pelos movimentos sociais, tendo como cetro da discussão temas como Transgênicos, Luta e propostas das Mulheres; Resistência Latino-americana e a Integração Latino-americana.
O Coordenador de ASC. Gonzalo Berrón assinalou uma das principais dificuldades que enfrentam nesta Cúpula: " Na América do Sul há dois projetos de integração, um que é o do espaço social, com alguns aliados de governos sensíveis às propostas dos movimentos sociais e outros países, que optaram pelo Livre Comércio, que já têm acordos comerciais, como o Chile ou estão em processo de tê-lo ou ratificá-lo, como a Colômbia e o Peru, eles têm uma visão totalmente diferente e é um dos principais obstáculos."
Gonzalo enfatizou o histórico que marcará esta Cúpula, pois a proposta foi recebida com maior participação cidadã para inferir nas políticas públicas que se entregaram na reunião de Chanceleres , e cujo efeito nesta Cúpula, é o dialogo entre os governos e os movimentos sociais.
O evento se propõe reafirmar as lutas de resistência continentais contra o neoliberalismo, avançar no processo de integração latino-americana, incorporar as demandas populares como o ALBA e outras, e impulsionar o fortalecimento dos movimentos sociais.
A cidade de Cochabamba também poderá contar no contexto da cúpula, com atividades artísticas, culturais, a instalação de uma Feira Ecológica e quatro Carpas temáticas, entre elas a de solidariedade a Cuba.
Para cobrir este importante evento dos movimentos sociais, a Minga Informativa contará com 16 jornalistas que vêm de diferentes países, como o Brasil, a Argentina, o Peru, Haiti, o Equador e o Chile, despachando notas informativas que estarão a disposição no site: http://movimientos.org/noalca/integracionpueblos/