Enlace de Meios para a Democratização da Comunicação

2011-06-17 00:00:00

A fim de reforçar os mecanismo para compartilhar uma agenda comum, 24 meios e redes de comunicação procedentes de 14 países da América Latina nos reunimos em Quito (13-15 de dezembro de 2010) para o Encontro Internacional “Construindo uma Agenda Democrática em Comunicação”, convocado pela Agência Latino-Americana de Informação ― ALAI ―, com o apoio da UNESCO.

Ao finalizar o encontro, os meios de comunicação participantes concordamos em articular um espaço comum: oEnlace de Meios para a Democratização da Comunicação, tanto para conectar a difusão informativa de temas comuns, como para abordar outros desafios para fortalecer os processos orientados a democratizar a comunicação em nossos países e no continente, como condição básica para aprofundar a democracia.

Para a construção desse espaço comum, foram estabelecidos os seguintes acordos:

1. Características da Aliança:

Na América Latina, estamos reinventando a democracia. Presenciamos uma etapa sem precedentes que recupera e atualiza as melhores tradições emancipatórias e de resistência popular.

O aprofundamento desse processo requer o protagonismo dos espaços de participação coletiva para garantir e fortalecer as políticas públicas de integração regional, o reconhecimento de direitos e a justiça econômica, social e cultural.

Ao mesmo tempo, é imprescindível enfrentar as tentativas de restauração da ordem neoliberal que hoje se expressam com centralidade articuladora nas práticas destituintes e golpistas dos monopólios da comunicação.

Por isso, acreditamos ser fundamental a democratização da comunicação, a articulação dos meios informativos populares e o fortalecimento dos meios públicos.

Assim, a consolidação de uma agenda para a comunicação democrática exige o impulso dos movimentos sociais, dos Estados nacionais e das instâncias regionais de integração.

Os meios de informação, comunicadores e comunicadoras da América Latina e do Caribe que compartilhamos esses princípios e necessidades assumimos que somos parte das forças sociais que defendem a transformação social, econômica, cultural e também de comunicação em Nossa América.

Comprometemo-nos a articular um esforço conjunto em nossa área de atuação ― a comunicação social ― que contribua para esse processo. Ademais, convidamos a somarem-se a esse núcleo inicial aquelas pessoas que, a partir da comunicação, se sintam desafiadas por esses princípios.

2. Agenda temática comum:

Foram identificados os seguintes critérios e abordagens comuns:
-          Acompanharcampanhas de atores sociais através da informação;
-          Convergir em coberturas jornalísticas referentes a certas datas simbólicas ou eventos;
-          Realizar um trabalho informativo que contribua para a unidade dos movimentos sociais;
-          Difundir o pensamento crítico e reforçar o caráter instrutivo da informação e da comunicação.

Para o próximo período, definimos os seguintes temas comuns para nossa agenda informativa:
- Desmilitarização
-          Direitos da Mãe Terra
- Integração
- Democratização da comunicação
-          Soberania
- Descolonização
-          Direitos humanos
- Solidariedade Internacional

3. Capacitação:

Identificou-se a capacitação, tanto interna como para outros meios e organizações com as quais trabalhamos, como uma prioridade e inquietude comum.

Foi decidida a criação de um mecanismo para compartilhamento de recursos:
- Intercâmbio de conteúdos, metodologias, programas, atividades:
- Banco de dados para diferenciar os tipos de recursos.

Capacitação mútua:
-          Criar uma lista de intercâmbio e apoio mútuo entre os respectivos responsáveis técnicos;
-          Incorporar sessões de capacitação presencial em eventos onde possamos coincidir;

Relações com outros setores:
-          Reforçar o vínculo com o meio acadêmico; procurar espaços para dialogar sobre currículos, temas de pesquisa; desenvolver estratégias de incidência.
- Relação com os Estados
-          Relação com os meios públicos.

4. Contribuir para o desenvolvimento de teoria e sistematização em comunicação:

-          - Gerar debate
- - Estabelecer vínculos com o meio acadêmico
- - Compartilhar informações sobre experiências de democratização da comunicação em nossos países

5. Acompanhamento ― mecanismos e compromissos:

Propõe-se organizar uma atividade similar a esta na América Central, com a participação de outros meios. Solicita-se um respaldo ou apoio moral da UNESCO para a realização desta atividade. (Traduçao Andreia Braga)

Lista de adesões

Agencia Informativa Latinoamericana Prensa Latina
Agencia Internacional de Prensa Indígena  AIPIN
Agencia Latinoamericana de Información  ALAI
Agencia Latinoamericana de Información y Análisis 2  Aliados / Question Digital
Asociación Latinoamericana de Educación Radiofónica - ALER
Agencia Periodística del MERCOSUR  APM
Alterpresse (República do Haiti)
Asociación Nacional de Medios Comunitarios, Libres y Alternativos  ANMCLA (Venezuela)
Brasil de Fato
Caminos (Cuba)
Centro de Reportes Informativos sobre Guatemala  CERIGUA
Coordinadora Nacional de Radio  CNR (Peru)
Coordinadora  de Radio Popular Educativa del
Ecuador - CORAPE (Equador)
El Pregón (Costa Rica)
Voces (El Salvador)
La Época (Bolívia)
La Radio Del Sur
Periódico Desde Abajo  (Colômbia)
Periódico E'a (Paraguai)
Prensa De Frente (Argentina)
Radialistas Apasionados y Apasionadas
Radio Mundo Real
Red Alba TV
Revista Mi País / Latina (Equador)
Vive TV (Venezuela)