Pela autodeterminação das mulheres!

Esse 8 de março, Dia Internacional da Mulher, tem um sentido particular na luta de todas e todos que almejam a igualdade entre homens e mulheres, a soberania dos povos e a paz.

Sairemos às ruas, como nossas irmãs e irmãos dos países do continente, exigindo: fora daqui Bush e sua política imperialista que massacra os povos!

Nesse dia de luta das mulheres denunciamos e lutamos contra esse sanguinário que assassina e humilha o povo iraquiano, em especial mulheres e crianças, vítimas de estupros e violações pelas tropas de ocupação.

Nesse dia de luta das mulheres denunciamos e lutamos contra a política de Bush, a serviço das grandes empresas transnacionais, como os supermercados Wal-Mart, que é alvo de um processo trabalhista, nos EUA, de mais de dois milhões de trabalhadoras que sofrerem, por serem mulheres, discriminação salarial. Nós dizemos não às transacionais que controlam nossas vidas e exploram nosso trabalho.

Sim, estaremos nas ruas. Contra os capitalistas, que sugam a força dos trabalhadores, super-explorando principalmente as mulheres, para encher os próprios bolsos. Contra o imperialismo que invade os países, destrói e mata.

Bush foi rechaçado nas urnas em seu próprio país nas eleições legislativas de novembro de 2006, pelo voto majoritário de mulheres, negros e latinos.

O que vem fazer aqui esse carniceiro do povo iraquiano? Ele organiza um giro, pelo Brasil, Uruguai, Colômbia, Guatemala e México buscando apoio para prosseguir sua política, como a vergonhosa ocupação da ONU no Haiti (com o comando das tropas brasileiras) que esmaga a soberania da nação e assassina o povo haitiano. Bush vem atrás de acordos comerciais para continuar alimentando o imperialismo estadunidense.

Depois da derrota eleitoral, Bush agora quer um consenso. Nos EUA, dos partidos Republicano e Democrata, e fora, com governos de outros países para continuar com política que esmaga a soberania dos povos e ataca a maioria oprimida nos EUA.

Nos planos interno e externo eles querem um “consenso” para continuar a guerra que dizima o povo e a nação iraquiana. Eles querem consenso para continuar instalando bases militares nos países do continente, como a de Manta no Equador. E nós dizemos: fora as bases americanas!

Eles querem o “consenso” para esmagar a luta dos povos irmãos da Venezuela e Bolívia que arranca medidas de soberania nacional. Mas esse consenso não virá:

-No interior dos EUA 61% rejeitam a política da guerra no Iraque e centenas de milhares se manifestam nas ruas.

-Nos países do continente latino-americano os povos também se levantam.

O consenso que eles buscam não virá porque os povos resistem. No Brasil, e por onde passar, Bush enfrentará atos e manifestações de rechaço à sua presença e à sua política que ataca as trabalhadoras e os trabalhadores, nós lutamos para manter e ampliar nossos direitos!

De norte a sul do continente americano os povos, sob formas diferentes, dizem em uma só voz: queremos viver, não queremos mais a política do imperialismo!

Chamamos todas e todos para sairmos às ruas nesse 8 de março, marcando a luta histórica do Dia Internacional da Mulher com um grito uníssono:

- Fora Bush e sua política do Brasil e da América Latina!

- Abaixo os tratados de livre comércio!

- Retomar para a nação tudo que foi privatizado!

- Fora as tropas de ocupação do Haiti!

- Com as trabalhadoras e os trabalhadores e jovens que lutam dentro dos EUA dizemos: não à guerra ao Iraque.

CMS -CONLUTAS- INTERSINDICAL- VIACAMPESINA BRASIL- MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES