Via Campesina protesta contra OMC em Curitiba
A Via Campesina participa de ato de movimentos socias contra as políticas de mercantilização da agricultura e alimentação da OMC (Organização Mundial de Comércio), nesta terça-feira (28/3), na Praça Santos Andrade, às 09h30, no centro de Curitiba (PR). A manifestação faz parte da agenda de manifestações da CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), que defende a soberania dos povos e os direitos dos trabalhadores, alvo de negociações na OMC.
“Vamos fazer um grande ato de contestação das políticas dos países ricos, que se unem às empresas transnacionais na OMC para manipular o destino dos nossos recursos naturais”, afirma José Damasceno, da coordenação estadual do MST. “A OMC cumpre o papel de aglutinar os interesses das grandes empresas que querem dominar a agricultura. Não defendem as nações nem os camponeses. Por isso, é nossa grande inimiga”.
A concentração da mobilização começa às 08 horas, na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba. Depois, acontece ato público com os movimentos sociais, que saem em marcha. Entre outras entidades, participam a CUT (Central Única dos Trabalhadores), APP (Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná), Rebrip (Rede de Integração dos Povos) e MMM (Marcha Mundial de Mulheres).
Contra a mercantilização*
“A OMC quer transformar o mundo todo em mercadoria”, afirma Roni Barbosa, presidente da CUT no Paraná. Segundo ele, a OMC incentiva os países periféricos a implementar políticas voltadas à desregulamentação das leis trabalhistas. José Lemos, presidente da APP, defende a educação pública, que deve sair do raio de discussões da OMC. *“*Educação é um direito, não uma mercadoria para ser comercializada”. Para Lemos, o objetivo do organismo internacional é excluir o Estado da educação e abrir o caminho para as empresas privadas nacionais e transnacionais.