Brasil: MST inicia Jejum permanente
MST inicia Jejum permanente por reforma agrária no Rio Grande do Sul
Prazo firmado com os Governos Federal e Estadual para
início de assentamentos no Estado, venceu hoje. Nenhum
família foi assentada no RS em 2004.
O Movimento Sem Terra inicia hoje (15/06) um Jejum
permanente por Reforma Agrária em Porto Alegre e Pelotas. A
ação marca o fim do prazo de trinta dias em que o Governo
Federal e Estadual haviam se comprometido em iniciar o
processo de Assentamentos no Estado. Nenhuma família foi
assentada no Rio Grande do Sul neste ano e em 2003, foram
apenas 53 famílias em 2 assentamentos.
Há trinta dias atrás, o MST aceitou desocupar a Fazenda
Guerra, em Coqueiros do Sul, diante do compromisso firmado
pelos Governos Federal e Estadual de iniciar o processo de
assentamentos no RS, para isso, o Ministério do
Desenvolvimento Agrário comprometia-se em investir R$30
milhões para aquisição de áreas em 30 dias e mais R$20
milhões em 60 dias. O Governo do Estado complementaria o
investimento com mais R$ 10 milhões. Na prática, o recurso
está disponível, mas não foi investido.
Com o Jejum, o MST pretende alertar a sociedade para a
lentidão do processo de reforma agrária e o descumprimento
dos acordos entre os Governos com o Movimento social. O
Jejum será por tempo indeterminado, através da alternância
a cada 48 horas entre os participantes.
Participam também do jejum, integrantes de entidades
urbanas, como o Movimento dos Trabalhadores Desempregados,
a Central Única dos Trabalhadores, Federação dos
Metalúrgicos, Federação dos Trabalhadores na Alimentação,
Sindicato dos Servidores Federais, Federação dos
Comerciários, Federação dos Bancários e Sindicato dos
Jornalistas, que também irão se alternar no jejum. Em Porto
Alegre, a manifestação acontece na Assembléia Legislativa.