Golpe de Estado em Honduras

2009-07-10 00:00:00

No último domingo (28/06), os hondurenhos tiveram seu presidente eleito deposto pelos militares, que deixaram em seu lugar o presidente do Legislativo, Roberto Micheletti.
O golpe militar foi realizado para impedir uma consulta ao povo hondurenho e tem gerado conflitos dentro do país e com a diplomacia mundial.
 
A imprensa hondurenha que criticava o golpe foi perseguida e fechada. Lideranças de movimentos sociais e populares receberam ordem de captura.
 
Segundo declarações populares, “a repressão é e foi terrível. Começaram a disparar, e o exército entrava nas casas e nos negócios. Às seis da tarde começa o toque de recolher e há grande preocupação com as direções operárias, campesinas e estudantis. Os meios de comunicação massivos foram fechados, só são abertos com condições e sem garantias, porque estamos em um estado de indefinição total”.
 
Com o aumento dos protestos já se pode contar centenas de feridos e ao menos 50 pessoas presas.
 
Países de todo o mundo condenam o golpe de estado em Honduras. O Brasil suspendeu programas de apoio a Honduras e não reconhece o presidente nomeado pelo golpe, Roberto Micheletti.
 
Ainda no Brasil, nessa terça, 30/06, manifestantes da Via Campesina Brasil e de entidades da sociedade civil ligadas ao Fórum Nacional de Reforma Agrária e Justiça no Campo(FNRA) entregaram ao embaixador de Honduras no Brasil, Victor Lozano,uma carta em solidariedade ao povo hondurenho e em defesa da democracia do país caribenho.
 
Segundo o embaixador: “Tenham certeza de que vamos seguir lutando para que sejam respeitados os direitos dos trabalhadores, dos camponeses e de todos aqueles hondurenhos que foram favorecidos pela política do presidente Zelaya. Contamos com a ajuda da nação brasileira nesse momento. Sou filho de camponeses, trabalho para o povo de meu país e fico muito feliz em encontrar a solidariedade de vocês aqui. Nossas portas, portanto, estão abertas para vocês”.
 
Maria Costa, integrante da Via Campesina Brasil, reforçou a disposição dos manifestantes em permanecer em vigília na Embaixada até que o presidente democraticamente eleito seja reconduzido a seu posto. “Vamos nos organizar para ficar mobilizados até que a democracia volte a Honduras. Seremos os guardiões de seu país aqui no Brasil”, garantiu.
 
Pátria Livre!
Fonte: Rádio Agência NP

 
Estados realizam atividades de Planejamento
 
Neste mês de junho cerca de 15 Estados onde o MMC tem atuação realizaram atividades de avaliação da atual conjuntura e de planejamento das atividades para o Próximo Semestre, do ponto de vista da seqüência dos trabalhos de organização, formação e luta das camponesas.
 
Além disso, destacamos dois Estados neste Boletim Eletrônico, por seus processos internos, mas também pelas atividades que estão realizando. Nos demais boletins, seguiremos socializando outras informações a cerca dos trabalhos do MMC nos demais estados do Brasil.
 
Estado do Pará: nos dias 25 e 26 de junho de 2009, em Conceição do Araguaia, 30 mulheres camponesas se reuniram para discutir temas ligados as diferentes faces da violência contra as mulheres e estudar a Lei Maria da Penha, formas de organização de combate à violência e de acesso a Lei.
 
Estado do Rio Grande do Sul: neste ano, o MMC RS estará celebrando seus 20 anos de luta, resistência e conquistas. A atividade de comemoração desta data será nos dias 17 e 18 de outubro de 2009 em Palmeira das Missões. No entanto, desde o início do ano, as camponesas vem discutindo temas ligados a esta história, pensando os rumos da Organização no Estado. Neste mês de junho e julho estão se intensificando as atividades regionais e municipais de discussão. Parabéns ao
MMC RS.
 
Como podemos perceber a organização das mulheres no Brasil é muito diversa distinta e única, ao mesmo tempo em que é parecida e unida numa mesma perspectiva: a da transformação das relações sociais de gênero numa perspectiva feminista e de classe