Alcántara: Victoria popular

2003-05-13 00:00:00

(versão em Portugués abaixo)

Cerca de 300 personas, representantes de las diversas
entidades que componen la Campaña Brasileña contra el ALCA,
ocuparon la tarde del lunes 12 de mayo el Auditorio Nereu
Ramos, en Brasilia/DF, para conmemorar la decisión
gubernamental de archivar el Acuerdo que preveía la
instalación de una Base Militar de Estados Unidos en
Alcántara, Estado de Maranhão.

El acto, denominado "Consolidación de la Victoria", contó
con la presencia del presidente de la Comisión de
Constitución y Justicia (CCJ), el diputado federal Luiz
Eduardo Greenhalgh, el senador João Capiperibe, João Pedro
Stedille, coordinador del MST, Sérvulo Borges, de la
comunidad de Alcántara, entre otros diputados de la casa.
Para el líder del MST, João Pedro Stedille, que rescató la
historia de lucha y resistencia de la población contra la
instalación de la base, constituyó una gran victoria para el
pueblo brasileño y latinoamericano el hecho de que el
presidente Lula haya tomado la decisión política de retirar
este acuerdo.

El senador Capiperibe recordó que para Estados Unidos no
basta su presencia económica en los países, pues ahora
quiere garantizar y reforzar una presencia física y militar
para el control del hemisferio. Sérvulo Borges, del
movimiento de afectados por la Base de Alcántara señaló que
no es suficiente solo el retiro del acuerdo, sino que es
preciso que el pueblo tenga voz y voto en la solución de sus
problemas. "Las personas desplazadas están pasando hambre",
acotó Borges.

Durante el acto, Luiz Bassegio, de la Secretaría Continental
del Grito de los Excluidos, destacó los principales puntos
de la Declaración del I Encuentro Hemisférico Frente a la
Militarización, que se realizó en Chiapas, México, del 6 al
9 de mayo de 2003. Recordó que la militarización viola los
derechos humanos, destruye comunidades tradicionales,
incrementa la migración forzada, destruye el medio ambiente
y, sobre todo, interfiere en la soberanía de los pueblos.
El Presidente de la Casa, João Paulo Cunha, que se hizo
presente para recibir una carta firmada por varios Obispos
de la Conferencia Nacional de Obispos de Brasil (CNBB, por
su sigla en portugués), en la que se pronuncian contra el
uso de productos transgénicos, también apoyó a la iniciativa
del acto.

Uno de los momentos intensos del acto fue cuando el
presidente de la CCJ, el diputado Luiz Eduardo Greenhalgh
garantizó a los presentes que el pueblo ganó esta cuestión
en relación a Estados Unidos. "Nosotros ganamos esta lucha.
Podemos hacer actos públicos de conmemoración por el retiro
de este acuerdo absurdo", dijo Greenhalgh. Al final, en un
gesto simbólico, en una mesa, "guardo en el cajón" el
acuerdo con Estados Unidos. Para los presentes, la victoria
sobre Alcántara, fortalece la lucha contra la implantación
del acuerdo del Area de Libre Comercio de las Américas,
ALCA.

* Luciane Udovic y Luiz Bassegio de la Secretaría del Grito
de los Excluidos Continental.

* * *

"Comemorar Alcântara é preparar o nosso exército contra a ALCA"

Cerca de 300 pessoas, representantes das diversas entidades
que compõem a Campanha Brasileira Contra a ALCA, ocuparam
nesta tarde o Auditório Nereu Ramos, em Brasília/DF, para
comemorar o arquivamento do Acordo que prevê a instalação de
uma Base Militar Americana em Alcântara, estado do Maranhão.

O ato, intitulado de "Consolidação da Vitória", contou com a
presença do presidente da Comissão de Constituição e Justiça,
o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, o senador João
Capiperibe, João Pedro Stedille, coordenador do MST, Sérvulo
Borges, da comunidade de Alcântara, entre outros deputados da
casa. Para o líder do MST, João Pedro Stedile, que resgatou a
história de luta e resistência da população contra a
instalação da base, foi uma grande vitória para o povo
brasileiro e latino americano, o fato do presidente Lula ter
tomado a decisão política de retirar este acordo.

O senador Capiperibe lembrou que não basta para os EUA sua
presença econômica nos países. Agora querem garantir e
reforçar uma presença física e militar para o controle do
hemisfério. Sérvulo Borges, do movimento dos atingidos pela
Base de Alcântara disse que não basta só a retirada do acordo.
Para ele o povo deve ter voz e vez na solução de seus
problemas. "As pessoas deslocadas estão passando fome" -
lembrou Borges.

Durante o ato, Luiz Bassegio, da secretaria continental do
Grito dos Excluídos, destacou os principais pontos da
Declaração do I Encontro Hemisférico Frente à Militarização,
que aconteceu em Chiapas, México, nos dias 6 a 9 de maio de
2003. Lembrou que a militarização viola os direitos humanos,
destrói comunidades tradicionais, incrementa a migração
forçada, destrói o meio ambiente e, sobretudo, interfere na
soberania dos povos. O Presidente da Casa, João Paulo Cunha,
que também marcou presença no Ato para receber uma carta
assinada por vários Bispos da CNBB, que se posicionam contra o
uso de produtos transgênicos, apoiou a iniciativa do ato.

Um dos momentos fortes do ato foi quando o presidente da CCJ,
o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh garantiu aos presentes que
o povo ganhou esta questão em relação aos EUA. "Nós ganhamos
esta luta. Podemos fazer atos públicos de comemoração pela
retirada deste acordo esdrúxulo" - disse Greenhalgh. Ao
final, num gesto simbólico, a mesa, "engavetou" o acordo com
os EUA. Para os presentes, a vitória sobre Alcântara,
fortalece a luta contra a implantação do Acordo da Área de
Livre Comércio das Américas - ALCA.

* Luciane Udovic e Luiz Bassegio da Secretaria do Grito dos
Excluídos Continental.