Cumbre apresenta propostas sobre água e meio ambiente

2006-12-09 00:00:00

Hoje (8), os participantes a Cumbre Social por la Integración del Povos, que acontece em Cochabamba, na Bolivia até amanha, discutiram com os representantes oficiais dos países as propostas sobre a questão da água e meio ambiente, propostas durantes debates sobre a temática. 
 
O documento propõe a criação de uma Convenção Sul Americana de Água (CSA) como instrumento e estratégia para responder e avançar nas respostas dos problemas ambientais. A CSA deve ser construída em diálogo entre os governos, organizações, movimentos sociais e instituição de todas as regiões da América do Sul. 
 
Foram levantados vários elementos que devem ser levados em conta pela CSA para a conservação da água pelos países, como: estabelecer a água como um direito humano e de todos os seres vivos e proibindo sua privatização, excluir a água de todos de todos os acordos de livre comércio, proibir a exportação e apropriação para fins comerciais e garantir a soberania de todos os povos e comunidades do continente sobre os recursos hídricos e seus sistemas de regulação.
 
Como a água é um bem natural que não reconhece fronteiras, a representante da OTCA - Organización del Tratado de Cooperación Amazónica, Roselia Artega acredita que a preservação da água e do meio ambiente, depende do esforço de cada país da América do Sul, juntamente com os movimentos sociais e a sociedade civil.
 
Artega afirma que é preciso criar leis que regulem a questão do meio ambiente e garanta a qualidade da água. “Os governos também precisam fortalecer os programas sociais para levar água e saneamento básico as comunidades mais pobres”.
 
Saul Apaza da Associación Nacional de Regantes e Sistemas Comunitário de Água Potável da Bolívia concorda com Artega, e conclama os país a não se submeter a leis internacionais das transnacionais e “criar suas próprias leis com a participação dos consumidores e dos movimentos sociais”.
 
Para Abel Mamani, Ministro da Água da Bolívia a responsabilidade pela preservação do meio ambiente não depende apenas dos governos, mas de todos os povos. “Temos que ter a capacidade de cuidar dos recursos hídricos de nossos países, se nao tomarmos medidas urgentes os camponeses vão seguir usando químicos, se envenenando e destruindo o planeta”, conclama.
 
Depois de uma grande mobilização contra a privatização da água, hoje a Bolívia tem uma lei de água, "que está sendo aplicada com ampla participação dos usuários nas tomadas de decisões”, conclui Apaza.