Um dos 14 eixos temáticos da Cumbre Social pela Integração dos Povos, que acontece esta semana em Cochabamba - Bolivia, tem como tema a Água – casos, experiências e propostas para preservar o direito humano e de todos os seres vivos.

Os paises presentes no evento expuseram suas problemáticas em relação ao tema, que se refere não apenas a diminuição das fontes e reservas de água, mas também ao domínio territorial e dos recursos naturais nos paises da América Latina.

Contaminação do solo e água, deformidades físicas em crianças e doenças diversas, são conseqüências de atividades como mineração e exploração petroleira, feitas em larga escala nos paises Latino Americanos.

As monoculturas, como soja e árvores, cultivadas na sua maioria por empresas de capital internacional, geram grandes problemas ambientais, enfraquecem os solos, secam as fontes de água e expulsam milhares de camponeses e indígenas de suas terras, exportando não apenas a produção, mas esgotando os recursos naturais e muitas vidas humanas, animais e vegetais.

Segundo Luis Navoa da Rede Brasil “o controle da água é político, um controle de territorio e nao apenas de recursos naturais, onde as instituiçoes internacionais nos impoe um pacote de desenvolvimento com planos acabados”.

Pablo Viellagas, do Fórum Boliviano de Meio Ambiente (FOBOMADE), diz que há uma oligarquia de empresas na América Latina, e estas são responsáveis por reproduzir as políticas do império, não se tratando assim de uma política que parte unicamente de nossos governos. Viellasgas salienta que este modelo não serve aos povos submetidos à exploração que transforma tudo e todos em mercadoria.

Propostas serão construídas neste encontro para fortalecer as organizações e movimentos sociais, buscando alternativas e formas de resistência aos problemas comuns enfrentados.