Paralelo à comemoração oficial do Dia da Independência, movimentos camponeses da Via Campesina, movimento estudantil, pastoral e Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) organizam o Grito dos Excluídos nesta terça-feira, 07 de setembro.

Mais de 1.800 municípios farão uma programação de protestos com diversas bandeiras em defesa da soberania do povo brasileiro somando cerca de um milhão e meio de pessoas nas ruas em todo o país. A 11º edição do evento terá como lema "Brasil, em nossas mãos a mudança".

Para Luiz Basségio, um dos coordenadores do Grito dos Excluídos Continental, o Brasil não é independente, pois depende do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do pagamento da dívida externa e por isso é necessário gritar pela soberania.

”O grito quer desmascarar as contradições da globalização neoliberal centralizadora e excludente, que centra numa política econômica que dá legitimidade à esse modelo neoliberal. Também que mostrar claramente os efeitos devastadores desta opção que o país fez, subordinada ao interesse do capital financeiro e das grandes empresa transacionais. E também que apontar alternativas para que seja preservado a democracia e soberania do povo brasileiro”.

O Grito dos Excluídos deste ano também fará campanhas mais amplas contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), FMI, a favor da mudança da política econômica, a retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti e contra a corrupção.