ECOS DO GRITO - EDIÇÃO BRASIL - 103
Informativo nº. 103 – Setembro/2009
“Vida em Primeiro Lugar: A força da transformação está na organização popular”
Articuladores/as do Grito dos/as Excluídos/as - edição Brasil:
O grito ecoou dentro de um processo que começou muito antes do dia 07 de setembro e ainda continua ocorrendo das mais diversas formas semana social, seminários, caminhadas, debates, palestras, panfletagem e celebrações...
** Neste informativo vamos ecoar gritos que chegaram da Região Sul e Sudeste.
Londrina/PR: O grito aconteceu no dia 07/09, a partir das 8h, iniciou com café da manhã para aproximadamente 400 pessoas, a abertura foi feita pelo Arcebispo de Londrina D. Orlando Brandes, saíram em caminhada pelas ruas da cidade, participarão diversas entidades e os indígenas kaingangs, Apucaraninha e Serrinha dando o grito da mãe terra. A luta pela terra e Reforma Agrária e entraram no desfile cívico com manifestações e pronunciamento em defesa da vida. Encerraram a atividade com uma partilha de alimentos onde todos firmaram compromisso com o Deus da vida e da organização popular.
Curitiba/PR: O grito aconteceu no dia 07/09, no bairro Caximba, local onde existe um aterro de lixo em que a comunidade está lutando a algum tempo, para que seja retirado dali.
Hortolândia/SP: O grito aconteceu no dia 07/09, onde realizaram uma caminhada pelas ruas da cidade e ao final realizaram uma celebração eucarística.
Taubaté/SP: Realizaram de 31/08 a 04/09 a Semana Social Diocesana, contou com a presença de 170 pessoas ao longo dos 5 dia e teve a participação de estudantes de várias faculdades, membros das comunidades, conselheiros tutelares, representantes de partidos políticos, e de pastorais sociais (carcerária, saúde, criança, pessoa idosa, Cebs, PJ) e outras entidades.
foi um momento de formação e reflexão da realidade, trabalharam as temáticas da CF “A Paz é fruto da justiça” e do 15º Grito dos Excluídos “Vida em primeiro lugar – A força da transformação está na organização popular”,
Sorocaba/SP: O grito aconteceu no dia 06/09, a partir das 8hs concentraram na Praça da Bandeira, realizaram uma celebração eucarística e ao final foi dado a palavra a cada uma das lideranças de grupos para expressarem os problemas cotidianos. O grito abre caminho para uma série de parcerias em que diferentes atores sociais trabalham em conjunto, o que ajuda a superar o isolamento, o corporativismo e a fragmentação de esforços.
São Paulo/SP: O grito aconteceu no dia 07/09, em três pontos da cidade:
- O grito dos sem teto, se concentrou a partir das 9, na Estação da Luz, na Rua Mauá com a Av. Casper Libero, no local escolhido ocorre muita perseguição aos Excluídos/as, gritaram contra o aumento das favelas, a concentração de pessoas em cortiços e a violência dos despejos, contra a imposição de que os pobres vivam em locais distantes, longe das escolas, dos serviços públicos, dos locais de trabalho. Gritaram para que os pobres tenham lugar para morar com dignidade, lugar para estudar e trabalhar etc.
- No grito negro dos Excluídos, a concentração foi a partir das 8h, em frente ao Mosteiro São Bento, os jovens saíram em caminhada até o Diretório do DEM, afim de cobrar posição quanto a defesa de políticas de ação afirmativa para a comunidade negra e indígena e realizaram um gesto simbólico deixando recados às principais lideranças sobre os temas como demarcação das terras indígenas a demarcação das terras das comunidades quilombolas; o sistema de cotas na UnB; o ProUni e o projeto de lei que institui a reserva de vagas nas universidades públicas e ao final saíram em caminhada até a Praça da Sé onde se juntaram as atividades na Praça da Sé e seguiram até o Ipiranga.
- Outro grito teve início no dia 05/09 quando o grupo da Romaria a Pé saiu da Região Brasilândia e Santo André em direção ao centro da cidade, chegando no dia 06/09 à tarde.
- No dia 07/09 a programação do grito iniciou com uma celebração às 8h, na Catedral da Sé e concentração na Praça da Sé em frente a Catedral, de onde milhares de pessoas saíram às ruas em caminhada até o monumento do Ipiranga, muitas bandeiras, faixas misturadas as inúmeras expressões de indignação e luta, cantando canções e marchando pela vida, o encerramento foi na praça do monumento.
Rio de Janeiro/RJ: O grito aconteceu no dia 07/09, com a participação de pessoas de diversas organizações e movimentos sociais, que tomaram a avenida após o desfile oficial. O ato foi aberto com uma bailarina vestida de rosa do grupo de teatro Ta na Rua, com cerca de 30 artistas. Os gritos foram diversos, o grito dos sem terra por reforma agrária, dos estudantes, dos desempregados, pescadores, moradores de ocupações, quilombolas e sindicalistas. Denunciaram as obras da Petrobrás na Baia de Guanabara, que estão impedindo as atividades pesqueiras.; a atuação da polícia militar que viola os direitos dos moradores da cidade; grito por moradia, contra os despejos que são cumpridos pelo choque. Trabalhadores da Varig, exigem da empresa o pagamento dos salários atrasados e outros direitos; grito das crianças por transporte escolar no município de Paracambi, 150 famílias estão acampadas na fazenda e gastam mais de 50 minutos caminhando a pé para chegar na escola; O grito “comunicação popular: um jeito diferente de explicar o mundo”, do Núcleo Piratininga de Comunicação. O grito foi bom mesmo sob sol escaldante.
Montes Claros/MG: O grito aconteceu no dia 07/09, à partir das 6h30, com a concentração no estacionamento da Prefeitura para participar da Celebração Ecumênica da Palavra, presidida por D. José Aberto Moura, arcebispo da cidade. O desfile do grito dos excluídos entrou depois do desfile oficial, caminharam pela Av. Sanitária , mas foram reprimidos pela Guarda Municipal até com cavalaria, contudo após 4 tentativas de repressão por parte da policia militar e guarda municipal, os manifestantes foram aplaudidos por todos que assistiam o desfile oficial. O grito chamou atenção para o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, que colhe assinaturas para o projeto de lei iniciativa popular que proíbe a candidatura de políticos condenados em primeira instância, gritaram contra a ilegalidade do aumento da passagem do transporte coletivo urbano, da falta de assistência e os problemas sociais das comunidades rurais do município, do péssimo planejamento urbano dos bairros da cidade e outros reclames locais, denunciaram o abuso e exploração sexual infanto-juvenil, dependência química.
Itabira/MG: O grito aconteceu pela 6ª vez na cidade, no dia 04/09, à partir das 14h, a concentração foi na Praça Acrísio Alvarenga, realizaram na caminhada três paradas com diversas faixas uma delas “Itabira , Cidade do Bem Viver consolida as conquistas dos Amigos do Prefeito”, bandeiras do Brasil, etc., terminaram o ato na Praça da Rodoviária, com apresentações culturais, encenações e dramatizações Elaboraram uma Carta de Itabira, na qual aponta alguns aspectos que devem ser implementados e dizem respeito à correção do que está em desacordo com os direitos, a melhoria de vida do cidadão itabirano, foi lida ao final da manifestação e aclamada por todos. No dia 09/09, fizeram avaliação pontuando alguns itens: o povo não se motiva a fazer reivindicação pois não se vê como excluído, se limita a aplaudir e apoiar, o grito é um tabu, o processo de construção do grito foi um ensaio para a construção e realização do primeiro fórum social de Itabira que vai acontecer em 2010,o processo de construção estimulou dar continuidade e ao perceber que não estão sozinhos..
Ipatinga/MG: O grito aconteceu no dia 07/09, nem a chuva impediu que o povo se concentrasse e saísse em caminhada, na contramão na pista da BR 381, no perímetro urbano da cidade, que liga a região Leste entre as cidades de Governador Valadares e a capital Belo Horizonte. Exigiram a duplicação da rodovia em face a violência do trânsito, protesto sobre a crise mundial, que na região do Vale do Aço deixou mais de 2000 desempregados, Dom Odilon, alertou para a necessidade de ouvir o clamor do povo sem voz e vez, da necessidade de solidariedade e compaixão, o respeito aos direitos, de vida em abundância, acesso ao trabalho, a dignidade do cidadão.
Belo Horizonte/MG: O grito aconteceu no dia 07/09, participaram mais de 2000 mil pessoas, saíram da Praça da Assembléia Legislativa em caminhada, em frente do Banco Central gritaram contra a crise e as suas conseqüências sobre o povo trabalhador, em frente ao mercado municipal gritaram contra os transgênicos e por uma alimentação saudável, com peneiras nas mãos circularam dentro do mercado municipal. No final concentraram na Praça Sete, cantando a Internacional Socialista e o Hino Nacional onde tomaram conta da praça com tambores e os gritos de diversos movimentos, ao final da atividade 2 manifestantes foram presos, todos foram para a delegacia até a soltura dos companheiros. Este foi um exemplo da criminalização dos movimentos sociais. A reunião de avaliação foi marcada para o dia 11/09.
FIQUE POR DENTRO:
· Envie para a Secretaria os relatórios com a avaliações e sugestões para o grito, até 28/09.
· Dia 01/10 a reunião da Coordenação Nacional do Grito para avaliar o 15º grito e começar a pensar o 16º.
· Dias 25 a 28/10 Plenária Nacional da Assembléia popular, em Brasília.
· Até 10/10 enviar para Secretaria fotos, reportagens de jornais, revistas e boletins, imagens gravações dos gritos locais para o jornal 45, dossiê e o DVD do 15º grito.
** Atenção: No ECOS 104 divulgaremos gritos de outra região. Pois as informações que chegaram por aqui são muitas, por isso estamos socializando por regiões.
Expediente
Secretaria Nacional do Grito dos Excluídos
Tel. (11) 2272-0627.