A luta dos movimentos sociais na América Latina

2007-02-02 00:00:00

A América Latina está na vanguarda antiimperialista. Esta é a avaliação de intelectuais que discutiram o pensamento político da região durante o VII Fórum Social Mundial, realizado de 25 a 29 de janeiro, em Nairobi, Quênia.

Segundo o acadêmico norte-americano, Immanuel Wallerstein, a América latina é uma frente importante de resistência ao imperialismo. De acordo com a análise dos intelectuais, a vitória de Hugo Chaves Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador) aprofundou a certeza de que o imperialismo colonialista estadunidense vive seu momento de maior fragilidade. Para o professor da universidade de Coimbra, Boaventura de Sousa Santos, o imperialismo se mudou para o Oriente Médio.

E quando o assunto é a luta da América Latina contra o imperialismo, um dos maiores exemplos de resistência é Cuba. A revolução cubana é uma das inspirações da luta pelo socialismo na América Latina e da resistência frente ao imperialismo, é o que assegura o deputado e membro do Centro de Investigação de Economia Mundial de Havana, Osvaldo Martinez.

Durante seu pronunciamento, ele também falou sobre a promissora relação de intercâmbio e colaboração com a Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), bloco formado por Cuba, Venezuela e Bolívia e há pouco se incorporou a Nicarágua. Além disso, comentou sobre o crescimento econômico de Cuba nos últimos três anos (12,5 por cento do Produto Interno Bruto no 2006).

Já o Brasil foi criticado pelo ativista haitiano Camille Chalmers. “A Minustah (Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti) é um meio de dominação dos EUA e da França, e o Brasil, que lidera a missão, é um instrumento”. Queremos aprender com o Brasil as ótimas experiências recentes que o país vêm vivendo, como o Bolsa Família. Isso é o que resolve nossos problemas”, disse.

Também participaram como expositores Edgardo Lander (Venezuela), João Paulo Rodríguez (Brasil / MST) e Lilia Solano (Colômbia).