Movimentos Sociais debatem resistência contra a ALCA

2006-01-27 00:00:00

Continuar lutando contra a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).
Essa
é a proposta dos movimentos sociais e de diversas organizações, que
participam do VI Fórum Social Mundial, na Venezuela. O fracasso da Alca
em Mar
del Plata, no ano passado, representou uma grande vitoria para as
organizacoes
que lutam contra os tratados de livre comércio. Aos poucos, a sociedade
se
convence dos prejuizos decorrentes da proposta dos EUA de criação da
AlCA. O
principal objetivo dos Estados Unidos é enfrentar a concorrência com a
União
Européia e vários países do bloco asiático e assim, controlar todo o
comércio da América Latina e Caribe.

Para Atilio Boron, membro do Consejo Latinoamericano de Ciencias
Sociales
(Clacso), a derrota em Mar del Plata ainda nao é a final. "O tratado é
muito
importante para os EUA, pois a América Latina possui metade da
biodiversidade
do mundo. Também temos petróleo, gás natural e ouros recursos
energéticos",
diz. Boron também alerta para a criação de vários tratados na América
Latina. "Os EUA podem fazer a ALCA por partes criando vários tratados.
Por
isso, temos que garantir que o Brasil e a Argentina permaneçam
resistindo".

Segundo Fátima Melo, da Rede de integração dos Povos (Rebrip), os
Movimentos
têm o grande desafio de manter a vizibilidade do recharzo de George
Bush em
território Latino-americano. "O Tratado continua na agenda
norte-americana.
Temos que criar mecanismos para uma integração verdadeira.
Fatima ainda afirma que as bases militares norte americanas instaladas
em
países como estão ligadas ao tratado de livre comércio e é uma
extragégia
de dominação territorial.

Na avaliação de Raul Moreno, ativista salvadorenho, a alternativa é
resistir
e construir meios contra os tratados. "A mobilizacao popular é o único
instrumento contra a dominação", conclui.

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Suzane Durães
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