Caminhos para a integração
Os novos caminhos para a integração da América Latina foram debatidos no dia 25, durante a atividade cogestionada "Los nuevos caminos de la integracion" e que contou com a presença de lideranças de movimentos sociais, como Cloc\Via Campesina e Remte.
As discussões partem de uma trajetória histórica da ação dos movimentos, começando pelas atividades que aconteceram em 1992 por ocasião das "comemorações" dos 500 anos de descobrimento da América e que gerou intensa mobilização de campesinos e indígenas. Depois disso vieram as lutas contra as transnacionais, a Alca, o livre comércio e a ação imperialista, culminando, em 2001, na realização da primeira edição do Fórum Social Mundial. Os anos passaram e hoje são milhões de pessoas e organizações envolvidas em debates e ações que visam não só questionar, mas também apresentar saídas para o modelo neoliberal excludente.
A conjuntura latinoamericana se apresenta, então, como um processo em transformação que leva em conta o fato de Cuba, Venezuela e agora também Bolívia terem governos voltados para ações integracionistas e de repúdio ao neoliberalismo.
La Red Mujeres Transformando la Economía (Remte), representada por Nalu Faria, mostrou que se por um lado o momento é de reaglutinação dos movimentos sociais e fortalecimento da resistência com uma grande diversidade de sujeitos políticos, por outro a situação continua complexa e com problemas não superados em todo o continente.
"Se queremos uma mudança no continente, é preciso que o conjunto dos movimentos sociais assumam as bandeiras propostas pelo movimento de mulheres, como é o caso da discussão sobre a divisão sexual do trabalho ou da violência sexista. Assim como é fundamental assumir as causas ecológicas e das lésbicas e homossexuais", comenta Nalu.