O presidente do Brasil, Lúís Inácio Lula da Silva, participou nesta quarta-feira, 27 de janeiro, do V Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Cerca de 12 mil pessoas presentes no Ginásio Gigantinho se dividiram entre vaias e aplausos.

A conjuntura em que Lula falou hoje foi bem diferente daquela encontrada, há dois anos atrás, no FSM de 2003, quando o petista havia sido recém eleito para a presidência da República. Na época, Lula falou, sob grande emoção, para milhares de pessoas no Anfiteatro Pôr do Sol.

Hoje, praticamente na metade de seu governo, Lula recebe críticas de que não está fazendo realmente, as mudanças que havia prometido. Seu mandato é acusado de seguir com as políticas neoliberais de seu antecessor.

Durante sua fala o presidente se defendeu, afirmando que é um homem que faz tudo a seu tempo, de maneira planejada. “Os números do desemprego estão baixando, nossa economia está crescendo. É agora que as coisas estão voltando ao seu lugar”.

Mas nem todos os presentes compartilhavam da mesma opinião. Um grupo de militantes seguiu protestando durante toda a fala de Lula.”Faz parte da democracia este tipo de manifestação. Eles, que não estão me ouvindo, são filhos do PT que se rebelaram, mas que um dia voltarão e serão recebidos de braços abertos”, declarou o presidente.

A atividade que o presidente participou foi o lançamento de uma campanha internacional, realizada por uma colizão de Ongs, chamada Campanha Global para a Ação contra a Pobreza. “Estou feliz em participar desta demonstração cívica de compromisso com um dos problemas mais sérios do mundo. Um problema político”, afirmou o presidente.

Participaram também da palestra, representantes da Àsia, África, Argentina e Índia, que relataram a situação da fome em seus países. Além deles, estiveram presentes outros integrantes do governo petista como a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto e o ministro da cultura Gilberto Gil.