Caravana da Justiça Social une ativistas em Copenhague

2009-12-10 00:00:00

Maureen Santos fala da Dinamarca sobre mobilização que partiu de Genebra e chega hoje à COP15
 
A Caravana da Justiça Social e Climática junta os protestos contra a reunião da Organização Mundial do Comércio na Suiça com as mobilizações para a COP15 na Dinamarca. A mobilização saiu de Genebra no dia maureen.jpg3 com 60 representantes de movimentos e organizações sociais de todo mundo e chega hoje à Copenhague no Klimaforum, encontro que ocorre paralelamente à conferencia sobre o clima. A brasileira Maureen Santos, da ONG FASE, foi uma das participantes e falou conosco por telefone desde Copenhague.
 
Explica melhor o que é a caravana
 
A Caravana de Justiça Social e Climática junta as duas mobilizações da reunião da OMC em Genebra que aconteceu no dia 30 de novembro com a da COP-15. Muitos dos movimentos sociais contrários à OMC estão participando porque entendemos que os dois assuntos estão relacionados. Principalmente, porque os dois temas afetam diretamente os países mais pobres e as populações mais pobres. Além disso, a COP-15, por exemplo, também quer buscar uma solução de mercado para resolver os problemas de mudança climática. Todos esses grupos defendem a bandeira da Justiça Climática.
 
-Vocês percorreram muitas cidades, qual foi o trajeto?
 
Houve dois trajetos. Um que percorreu pela França e o outro pela Alemanha. Eu participei do primeiro, que primeiramente foi de Genebra até Dijon. Lá, nós fomos recebidos em uma atividade da Federação Camponesa da França. Em seguida, partimos para Paris, onde participamos de um seminário no parlamento do país. Na capital da França, também fizemos parte de uma marcha dos trabalhadores precarizados e de uma reunião com organizações que trabalham com o tema dos migrantes.
 
De Paris seguimos para Lille, onde novamente integramos um debate promovido pela Federação Camponesa e a Attac. Logo depois, a caravana chegou em Bruxelas onde realizamos uma série de manifestações de rua. Fizemos um protesto em frente à Comissão Européia contra os Tratados de Livre Comércio, com perfomances, teatro e distribuição de panfletos. Também fomos à sede da Business Europe pela questão das transnacionais européias e, ainda, tentamos entrar no edifício da Monsanto, mas fomos impedidos. Finalmente, houve um mobilização em frente a Embaixada do Canadá para dialogar sobre o problema de uma empresa de mineração em terras indígenas colombianas. Desde aí, a caravana seguiu até Hamburgo e hoje está chegando em Copenhague.
 
-E como foi a recepção do público em geral durante a passagem da caravana?
 
Foi ótima e a organização foi excelente, porque aonde chegávamos já havia uma organização local para realizar a mobilização ou atividades. O importante é que a caravana atingiu diversos grupos. Houve também um importante apoio do Partido Verde francês. Muita gente também se somou à caravana. Em Bruxelas, por exemplo, um grupo que defende o uso das bicicletas, aderiu à jornada até o destino final.
 
-Que países estavam representados na mobilização?
 
Tinha gente de toda parte. Representantes asiáticos, vindos da Indonésia, Filipinas, Coréia e Japão. Outros da África do Sul e Congo também fizeram parte, além de ativistas da maioria dos países europeus que foram os principais organizadores. Das Américas, participaram Paraguai, Argentina, Uruguai, Brasil, Colômbia, México, Estados Unidos e Canadá. A maior parte deles estava representando movimentos sociais e grupos indígenas. O movimento sindical foi representado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf), além da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip), do qual a CUT-Brasil faz parte.
 
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