Jovens discutem militarização e migração

2005-10-08 00:00:00

A Militarização e a migração foram temas debatidos hoje na II Assembléia Latino-americana de Jovens da CLOC, na cidade da Guatemala. Os Estados Unidos em nome do combate ao narcotráfico, a guerra e o terrorismo, invade países de todo o mundo. Na América Latina, países como a Colombia, Equador e Paraguai conhecem bem a acao militar estadunidence e os seus efeitos nos últimos anos. Para o representante da Associacao Nacional de Usuários Camponeses da Colombia (ANUC-UR), Camilo Álvarez, a militarizacao está íntimamente ligada aos interesses da exploração de territorios. “Sirve de garantia as grandes multinacionais e de grandes potencias que buscam apropiar-se em especial de recursos energéticos e da biodiversidade.

Entre os aspectos mais relevantes de mecanismos de dominação está a implantação de bases militares norteamericanas em locais estratégicos como a América Latina e a privatização da segurança através do aumento da segurança privada e de mercenários.Também os acordos de imposição militar sobre a pressão economica da dívida externa, condicionando o envío de jovens soldados a invasoes de outros países, como é o caso de El Salvador e Haiti.

Para Camilo, é preciso avançar em uma campanha de concienciatização e desmonte do servicio militar obligatorio, onde este é orientado a vulneração das comunidades e de setores populares.

No que diz respeito a migração, Carla Oporta, da Associação de Trabalhadores do Campo da Nicarágua (ATC), disse que os jovens camponeses são os mais afetados como a situação. “Os que migram em busca de melhores condiçoes de vida e de trabalho, dificilmente conseguem alcançar o objetivo”. Os paises de destino, geralmente, sao os capitalistas.”Centenas de pessoas já morreram cruzando fronteiras. Devemos criar condicoes para evitar a saída dos jovens do campo”.