Mulheres camponesas e indígenas na resistência contra o imperialismo

2005-10-08 00:00:00

A III Assembléia Continental das Mulheres finalizou seu primeiro dia,
promovendo uma reflexão sobre o impacto que o modelo econômico tem no
cotidiano das trabalhadoras do campo.

Alícia Muñoz, dirigente da Associação Nacional de Camponesas e
Indígenas – ANAMURI- realizou uma análise do mundo das assalariadas da
agroexportação focando na situação de precariedade que se encontram as
camponesas.

O neoliberalismo, afirmou a dirigente, transformou a pequena
agricultura familiar, provocando uma superexploração das mulheres, que
arriscam sua vida e a de seus filhos. Isso porque manipulam
agrotóxicos que podem ser comprados facilmente como inofensivos
pesticidas.

Se debateu também sobre a constante discriminação, exploração e
submissão das mulheres do campo, que se dá pelo caráter patriarcal da
sociedade.

A este respeito, Adriana Mesatri, do Movimento de Mulheres Camponesas
– MMC – afirmou que °se deve levar em conta que vivemos em um mundo
capitalista, imperialista e patriarcal. O desafio de hoje é conquistar
espaço na sociedade e conseguir uma vida digna para as mulheres°.

Nalú Farias, integrante da Marcha Mundial das Mulheres, concluiu
destacando que o movimento feminista internacional deve construir
alianças para ter uma unidade de ação, gerando a sua auto-determinação
diante deste modelo opressor.(Tradução: Cristiane Gomes)