Tem início a III Assembléia Continental de Mulheres
Fortalecer a articulaçao feminina em toda a América Latina, discutir
uma agenda comum e reforcar os laços de solidariedade entre os
movimentos de mulheres do campo. Estes sao alguns dos objetivos da III
Assembléia Continental de Mulheres, que comecou hoje, na Cidade de
Guatemala. A atividade, que antecede o IV Congresso Continental
Coordenaçao Latinoamericana de Organizaçoes do Campo – CLOC - conta
com a participacao de mais de 100 mulheres, que representam cerca de
60 organizaçoes camponesas, indígenas e de negras da América do Sul,
Central e Caribe.
"Temos nosso próprio lugar. Mesmo fazendo parte de uma articulaçao
mista, como é a CLOC, necessitamos de um espaco para discutir nossas
políticas. Aqui, podemos nos comunicar e nos solidarizar umas com as
outras, alèm de termos claro quais os pontos em que avancamos e quais
aqueles que precisam se solidificar", afirmou Maria Helena Siqueira,
da Associaçao Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo – ATC
- da Nicaràgua, sobre a importancia da atividade.
Uma invocaçao maia, que lembrou os mortos e desaparecidos no furaçao
que atingiu a Guatemala nos últimos dias, marcou a abertura da
Assembléia. A mística lembrou que nao é a natureza a culpada pelas
mortes, mas sim o homem que a destrói sistematicamente.
Francisca Rodriguez, da Associaçao Nacional de Mulheres Rurais e
Indígenas - ANAMURI - do Chile, resgatou a história da mobilizaçao
feminina dentro da CLOC, desde o seu primeiro Congresso, realizado em
Lima, no Peru, em 1994. Neste 11 anos, a consolidaçao da articulaçao
feminina dentro da organizaçao permitiu açoes conjuntas contra o
imperialismo em diversos paìses da Amèrica Latina.
A Assembléia segue durante todo o dia e termina neste sábado, 8 de
outubro.