A importância da Juventude na transformação da sociedade
Nestes tempos em que a dominação neoliberal se expande pelo mundo, oprimindo povos e empobrecendo nações, a unificação das lutas sociais se mostra a única e real possibilidade de transformação da sociedade. A mudança para um mundo onde o respeito pelo ser humano venha em primeiro lugar do que o lucro e a exploração, está associada à união dos povos latino-americanos. É com esta compreensão que o MST se prepara para a participação na II Assembléia Latino Americana de Jovens Camponeses, nos dias 7 e 8 de outubro, que precede o IV Congresso da CLOC, nos dias 9, 10 e 11, na Guatemala.
O integrante da coordenação nacional do MST, José Luís Patrola, destaca a necessidade e a importância destes espaços para a articulação de estratégias que têm como objetivo fortalecer a organização dos movimentos sociais do campo em toda América Latina. Neste processo de resistência ao neoliberalismo, a juventude desempenha um papel fundamental em todas as entidades. No MST não é diferente. “O Movimento Sem Terra, desde a sua origem tem a participação massiva da juventude nos mais distintos níveis de sua organização, desde a base até as instâncias de direção. Os jovens são a principal fonte de renovação dos militantes sociais. Em nossa Marcha Nacional, por exemplo, a maioria dos participantes eram jovens. Isso revela o potencial da juventude camponesa e sua capacidade de ajudar a construir a organização do MST”, afirma Patrola.
Ainda de acordo com o coordenador, a II Assembléia de Jovens será também o momento do MST compartilhar suas experiências acumuladas em 21 anos de organização. Com isso, o Movimento tem como objetivo contribuir no debate para retomar, com mais vigor, a articulação continental dos camponeses e camponesas. Ao mesmo tempo, a Assembléia de Jovens e o Congresso da CLOC também será o momento do MST aprender com outras entidades. “Iremos em busca de meios para fortalecer o trabalho com a juventude Sem Terra”. diz.
Globalizar a esperança e a luta se faz mais necessário do que nunca. “É preciso somar esforços para ascender de forma clara, estratégica e organizada a luta camponesa no continente latino-americano”, finaliza Patrola.