A equipe nacional de negociação do MST fez ontem, 27 de setembro, a primeira reunião com representantes do governo para apresentar as reivindicações de sua Jornada Nacional de Lutas. Estavam presentes a ministra da Casa Civil Dilma Roussef, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Luiz Dulci, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Rolf Hackbart e o secretário executivo do Ministério do Planejamento, João Bernardo de Azevedo Bringel.

“O governo ouviu nossas preocupações, mas apresentou propostas muito genéricas, nada de concreto”, afirmou João Paulo Rodrigues, membro da Direção Nacional do MST. Diante disso, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continua sua jornada de lutas em 19 estados do Brasil. Até o momento, 28 sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), 9 agências do Banco do Brasil e 9 fazendas permanecem ocupadas por militantes Sem Terra. As mobilizações pretendem pressionar o governo federal a honrar com os compromissos assumidos junto ao Movimento durante a Marcha Nacional.

Para 2005, ficou acertado que 115 mil famílias seriam assentadas. No entanto, segundo dados do próprio governo, até agora apenas 50 mil foram contempladas. Segundo o MST, apenas 4 mil famílias foram assentadas até agora. O governo afirma que vai cumprir a meta.