A preparação dos integrantes do setor de Saúde do MST para a Marcha Nacional pela Reforma Agrária começou há meses. "Em novembro, nós nos reunimos para realizar uma oficina de primeiros socorros e medicamentos fitoterápicos. Depois, cada participante voltou para seu estado e multiplicou o conhecimento", relata Rosângela Pereira, uma das responsáveis pela saúde dos marchantes. Ao todo, são 328 pessoas.

A divisão de tarefas é feita pelos estados. Diariamente, os marchantes envolvidos com a saúde em cada região se reúnem para discutir o andamento dos atendimentos. A cada três dias, acontece a reunião geral da brigada.

"Considerando o número de pessoas na Marcha e o esforço físico da caminhada, o fluxo de antendimentos foi pequeno", afirma Rosângela. Para ela, as dicas dadas através da Rádio Brasil em Movimento podem ter colaborado: "nós alertamos aos marchantes para beber bastante água, evitar andar sem chapéu, já que o sol durante a caminhada é muito quente, e aproveitar as paradas para a higiene pessoal. Discutimos também a importância de recolher o lixo e preservar os lugares utilizados para acampamento".

Ainda assim, se houver alguma emergência, seis ambulâncias estão disponíveis em tempo integral.

"Orientamos aos companheiros e companheiras que se alonguem, façam massagem. É preciso coletividade. A maior saúde da Marcha é um reanimando o outro", lembra Rosângela.