20 Anos De Luta, Conquistas E Resistência Das Mulheres Camponesas.

2009-09-29 00:00:00

DIA: 17 e 18 de outubro de 2009

LOCAL: Parque Municipal de Exposições Tealmo Jose Schardong –
Palmeira das Missões.

PROGRAMAÇÃO

DIA 17 DE OUTUBRO
08:00 - Chegada e Credenciamento;
09:00 – Abertura;
10:00 - Painel histórico dos 20 anos da luta e resistência do MMC - RS (debatedores..);
12:00 – Almoço;
14:00 – Painel sobre análise do envolvimento das mulheres nestes 20 anos e perspectivas (Rosana Tenroller e Vanderléia L.P. Daron);
16:00 – Intervalo;
16:30 - Lançamento do livro do MMC- Mulheres Resistência e Luta em Defesa da Vida.
17:00 – Mesa com Apresentação e Adesão ao Programa Cantando as Diferenças; Com a presença do Senador Paulo Paim;
18:00 – Coquetel camponês;
19:00 – Momento cultural com: Dante Ramon Ledesma, Pedro Munhoz.

DIA 18 DE OUTUBRO
08:00 – Animação e momento místico;
09:00 – Apresentação da síntese do debate dos 20 anos do MMC;
10:00 – Abertura da Exposição e Feira da Agricultura Camponesa;
15:00 - Encerramento

APRESENTAÇÃO

Contar as diferenças nos 20 anos a história da luta e da Organização das mulheres em nosso Estado (RS), é um desafio, porque traz presente uma história de sentimentos, de vivências, de aprendizados, de luta e de organização de mulheres que conseguem ver e projetar suas vidas para além dos limites da casa, da enxada, agregam em suas vidas papel, reunião e libertação.

Esta caminhada inicia na década de 1980, com a Organização da Mulher da Roça (OMR). Onde as mulheres eram ligadas aos Sindicatos e Pastorais, após muitas discussões e debates nasce o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR RS) em 1989 com a realização de nossa I Assembléia Estadual. Em 2004 os movimentos autônomos de mulheres dos estados decidem se unificar em um movimento nacional Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil (MMC). O MMTR-RS faz parte, passando a se dominar de MMC-RS, por ocasião de nosso I Congresso Nacional.

E, toda esta caminhada foi construída pelas mãos calejadas do trabalho, muitas vezes não reconhecido, foi expressado em nossos rostos suados e diversos. Foi sentida com o coração e também com a razão.
Conquistamos direitos como: 1° de trabalhadoras rurais; 2° aposentadoria; 3° licença maternidade (salário). Lutamos pela efetivação destes direitos sociais e ‘humanos’. Mais tarde, percebemos que nossa luta ia além dos direitos, mas contra o modelo de sociedade que oprime, descrimina e explora as mulheres camponesas - sistema capitalista e patriarcal.
Hoje, mais do que nunca, queremos manter viva a chama que motivou milhares de mulheres à irem para as ruas nos anos 80, porque acreditamos que muitas coisas ainda devem ser conquistadas, aprimoradas e mudadas.

Queremos o direito de sermos livres de verdade, de podermos decidir sobre nossas vidas e nosso corpo, de decidir sobre como plantar e onde plantar, opinar sem medo de sermos mulheres. Para isso vamos continuar nos organizando, lutando, caminhando e resistindo, pois enquanto houver uma mulher sendo humilhada, oprimida, violentada teremos muitos motivos para lutar.

“A grande originalidade do Movimento de Mulheres Camponesas é que elas aprenderam a ler a história mais ampla que seu mundo sem abandonar o seu próprio mundo rural. Deram assim uma contribuição especial para uma nova compreensão da vida e da política do campo.”
Ivone Gebara, Escritora cristã feminista, Camaragibe – PE – 2009.

Apoio: Programa Cantando as Diferenças
Prefeitura Municipal de Palmeira das missões