Cultura Americana é debatida em encontro preparatório do II Seminário Internacional
A necessidade dos países latino-americanos se integrarem e construírem uma alternativa econômica e ambientalmente sustentável guiou as discussões do Encontro Internacional Preparatório do II Seminário Internacional de Cultura do Fórum Social Mundial, programação da III Cúpula dos Povos. Em uma sala cheia, os participantes apontaram que a sobrevivência da cultura americana depende de uma nova cultura política e social no continente.
Representantes venezuelanos trouxeram à discussão a experiência implantada no seu país, por meio da Revolução Bolivariana iniciada pelo governo do presidente Hugo Chàvez. A erradicação do analfabetismo e o resgate da história, dos costumes e da natureza do país foram elencadas como parte do processo de valorização da cultura da Venezuela. Já os membros da Via Campesina de Cuba falaram do processo de reforma agrária implantada no governo socialista. Antes da reforma, cerca de 70% das terras agricultáveis cubanas estavam nas mãos de 12% da população – a parte com maior poder aquisitivo.
Os participantes também não pouparam críticas aos tratados de livre comércio defendidos pelos Estados Unidos, principalmente a Alca (Associação de Livre Comércio das Américas), e ao neoliberalismo. Nesse sentido, a construção de alternativas pelo povo, como a Alba (Alternativa Bolivariana para a América), tornou-se consenso entre o grupo. “Na construção dessa alternativa, é preciso manter uma relação de independência entre a classe política e o povo”, afirma Ana Pioli, integrante da Central dos Trabalhadores do Uruguai (PIT-CNT).