Inicia a III Cúpula dos Povos em Mar del Plata

2005-11-02 00:00:00

Cerca de 7 mil pessoas de todo o mundo participaram ontem da abertura da III Cúpula dos Povos em Mar del Plata, na Argentina. Entre os participantes, movimentos sociais como o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Representando a Via Campesina brasileira, Maria José da Costa, do MPA, afirmou em seu discurso que e necessario a uniao de todos para vencer o imperialismo, principalmente o norte-americano. “Em nome da terra, da água, dos homens e mulheres do campo nos unimos com trabalhadores das Américas para traçar estrategias de luta contra o imperialismo”.

Tambem Alicia Munhoz, dirigente de ANAMURY, disse que as mulheres rurais indígenas do Chile fazem parte deste encontro para unir forças como as organizações e destruir o imperialismo na América Latina.A abertura foi encerrada com a apresentação de grupos musicais de Cuba, Venezuela e Argentina.

Hoje pela manhã, dezenas de organizações camponesas de países americanos inauguraram o “Fórum pela Agricultura Sustentável”, que contou com a presença de cerca de 250 pessoas.

O Fórum é organizado pela Via Campesina, Coordenadora Latinoamericana de Organizações do Campo (CLOC) e o Movimento Nacional Campones e indígena da Argentina. Além dos movimentos sociais do Brasil, estavam a Coordenadora Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas do Paraguai; a Coordenadora Campesina Peruana e a Associaçao Nacional de Pequenos Agricultores de Cuba.

Durante as discussoes, foi enfatizado o repudio ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, por sua política capitalista neoliberal e a consideraram sumariamente perjudicial para a vida dos povos camponeses e indígenas do continente.

Paulo Aranda, secretario de Terras, Recursos Naturales e Meio Ambiente de MOCASE, apontou motivos que levaram a participação de sua organização a III Cúpula do Povos e a importancia do encontro. “Esse é um espaço importante para discutir sobre a soberania alimentar, reforma agrária, produçao sustentable e militarizaçao. Os militantes camponeses esperan que gente como nós façam escutar e sentir sua luta. Temos esperança e que os povo da América Latina unidos venceremos”.