Dia de Ação contra Terminator mobiliza Via Campesina e ambientalistas

2006-03-22 00:00:00

O Dia de Ação dos movimentos sociais e ambientalistas levou trezentos trabalhadores rurais da Via Campesina e representantes de entidades ambientalistas internacionais a protestaram na manhã desta terça-feira (21/10) contra a derrubada da moratória que proíbe o plantio e a comercialização das sementes Terminator.

Reunidos na entrada do Parque Expotrade, onde acontecem as atividades da COP-8 (8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica), em Curitiba, os camponeses expuseram os perigos que as sementes suicidas trazem a suas atividades de cultivo e a sociedade. Não faltaram também vaias aos ônibus que chegavam ao local dos hotéis com os delegados dos países que participam da Conferência.

Cledecir Zucchi, da diregco do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) no Paraná, afirma que o protesto serve para chamar a atenção da população sobre os malefícios gerados pelos transgênicos e, em especial, pelas sementes Terminator. A semente é conhecida como suicida porque germina uma única vez, o que faz com que os agricultores tenham que compra-la em cada safra, deixando-os refins das transnacionais.

A característica da tecnologia de cria sementes estéreis, aliada aos prejuízos que os organismos geneticamente modificados, podem representar no meio ambiente e na cultura rural o fim da pequena agricultura e da biodiversidade. "A Terminator ira quebrar a relação de solidariedade que os camponeses têm entre si, transformando a semente, que é uma fonte de vida, em uma mercadoria".

O dirigente do MPA tambim aponta o aumento dos custos na produção agrícola, que vai inviabilizar a agricultura familiar. "Comprar a semente todo o ano. Com a Terminator, o camponês que produz a sua prspria semente terá de compra-la todo ano. Isso acarreta um custo com o qual o pequeno produtor não vai conseguir arcar", argumenta.

Outras mobilizações da Via Campesina e de entidades ambientalistas devem ocorrer durante a semana. A organização de movimentos camponses estão montando um acampamento no Parque Nilton Freire para acompanhar as discussões da Conferência. Até o início da próxima semana, a Via Campesina tera 5 mil trabalhadores rurais no acampamento.