2005-04-04 00:00:00

O boletim eletrônico "Sempreviva Informa" é enviado gratuitamente às mais diversas entidades do movimento feminista, organizações não-governamentais, partidos e demais entidades. Notícias dos boletins passados podem ser acessadas na página www.sof.org.br/noticias/ .

Especial: Dia de Mobilização das Mulheres contra a Alca e protesto contra o acordo da Base de Alcântara

Gaúchas preparam dia de mobilização das mulheres contra a Alca
As gaúchas da Marcha Mundial das Mulheres realizaram, no dia 20 de julho, plenária regional do Vale dos Sinos e Paranhama para organização da Marcha e preparação para 12 de agosto, Dia de Mobilização das Mulheres contra a Alca. Participaram da plenária 20 mulheres, representando 6 municípios.

No dia 22 de agosto ocorrerá reunião com a mesma finalidade em Santa Cruz do Sul, que também já começaram a se organizar.

Foi definida a participação das mulheres na Marcha dos Sem, no dia 2 de agosto, que ocorrerá na fronteira do Brasil com Uruguai e Argentina. As mulheres sindicalistas estarão levando material (faixas, camisas revistas) da Marcha para está atividade.

No dia 12 de agosto será realizada panfletagem nos municípios, praças, fábricas e outros locais. Em Novo Hamburgo ocorrerá atividade à noite abordando o tema da Alca. Na cidade de Caxias do Sul será realizada atividade na praça.

Fonte: Marcha Mundial das Mulheres no Rio Grande do Sul

A luta das mulheres contra a Alca em Natal

Para o 12 de agosto, Dia Nacional de Mobilização das Mulheres contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), a Marcha Mundial das Mulheres de Natal (RN) definiu algumas estratégias de mobilização. Em reunião realizada no dia 16 de julho, decidiram sensibilizar mulheres de setores diversos sobre a Alca e os impactos em suas vidas.

A Marcha, em Natal, resolveu apostar em uma semana de mobilização tendo como abertura um debate com Helena Hirata. Também surgiu a idéia de envolver estudantes, mulheres de bairros, trabalhadoras sindicalizadas e de partidos de esquerda.

A proposta para esse período de mobilização ficou definida da seguinte forma:

Construção do processo de sensibilização das mulheres na luta contra a Alca

6 de agosto - abertura : Debate sobre a questão da Alca e essa realidade para as mulheres.

7 de agosto - Atividade no CEFET em parceria com o SINASEFE.

8 de agosto - Mulheres trabalhadoras - parceria: CUT e partidos de esquerda

9 de agosto - Cidade da Esperança, envolvendo mulheres dos bairros.

10 de agosto - Mulheres lésbicas, esta atividade tem também como objetivo sensibilizar as mulheres sobre a realidade sócio-econômica em que vivem e como afeta suas vidas, a idéia é também sensibilizar as mulheres para o dia da visibilidade lésbica (29 de agosto) e pensar propostas para este dia.

12 de agosto - Dia de ação das mulheres contra a Alca - feira de artes; oficina de preparação da Marcha; caminhada nas ruas: As mulheres na luta contra a Alca.

Fonte: Marcha Mundial das Mulheres no Rio Grande do Norte

Protesto em SP contra acordo da base de Alcântara
Diversas entidades, advogados e políticos lançaram no dia 29 de julho, em São Paulo, um manifesto nacional contra a aprovação do acordo de salvaguardas tecnológicas assinado pelo Brasil com o governo dos Estados Unidos, para uso da base de lançamento de foguetes de Alcântara. O acordo prevê a cessão temporária da base para os americanos.

"A instalação provocou um deslocamento das populações quilombolas da região e seu uso prevê mais transferências das comunidades locais", explicou Maria Luisa Mendonça, diretora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, uma das entidades envolvidas. "Entendemos que o acordo é nocivo aos interesses do País, é um contrato inadmissível, que não compartilha resultados, restringe direitos e a participação brasileira nas pesquisas espaciais", completou Luiz Eduardo Greenhalgh, deputado federal (PT-SP) e advogado.

De acordo com Maria Luisa, quando a base foi instalada, em 1980, uma área de 52 mil hectares foi desapropriada e 500 famílias, na maioria descendentes de quilombolas que viviam de pesca e agricultura de subsistência, foram removidas. "Elas praticavam o cultivo coletivo, mas foram deslocadas para agrovilas em que o lote é individual, por família, as terras são impróprias para agricultura e não tiveram assistência técnica nem acesso a crédito. As pessoas estão morrendo de fome."

Segundo ela, as comunidades locais estão com medo porque está prevista a transferência imediata de mais 400 famílias por conta de uma ampliação das atividades na base, o que deverá ocorrer se o acordo com os EUA for aprovado. Além da preocupação com as famílias, há também o impacto ambiental das alterações, uma vez que a base está situada na Amazônia.

Processo

A Rede Social entrou com um processo na Organização dos Estados Americanos (OEA) para impedir a confirmação do acordo com os EUA, baseado nos interesses dessa população que será transferida e da situação das pessoas que já foram removidas de suas terras.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA abriu oficialmente o processo e pediu ao governo do Brasil esclarecimentos, que já foram prestados. A Rede Social enviou uma réplica à resposta federal e os documentos estão sendo avaliados pela OEA .

Fonte: Agência Estado

Notas
RS faz seminário internacional sobre agroecologia

O governo petista do Rio Grande do Sul vai realizar de 24 a 26 de setembro o 3º III Seminário Internacional sobre Agroecologia, para o qual já estão abertas as matrículas. A edição deste ano tem como tema central Ações para o Equilíbrio Ambiental e espera reunir mais de dois mil participantes, entre agricultores, pesquisadores, técnicos, professores e estudantes. Acontecem, conjuntamente, o 4º Seminário Estadual sobre Agroecologia e o 4º Encontro Nacional sobre Pesquisa em Agroecologia. Os interessados podem se inscrever gratuitamente pelo site da Emater/RS, no endereço www.emater.tche.br, pelo e-mail plantec@emater.tche.br e pelo telefone (0xx51) 3233.3144, ramal 2449.

Crianças sem terra ocupam escola estadual em São Paulo

Na manhã de ontem, 150 crianças dos Acampamentos Terra Sem Males e Irmã Alberta ocuparam a Escola Bairro Maria Trindade, localizada no município de São Paulo. A escola que pertence à rede estadual de educação tem capacidade para atender crianças de 1ª a 4ª série, porém, no momento apenas uma sala de 4ª série está funcionando. As crianças acompanhadas dos pais e/ou responsáveis estão desde cedo fazendo a limpeza da escola e pretendem iniciar as aulas a partir desta terça-feira. As aulas serão ministradas pelos educadores e educadoras dos dois acampamentos.

Encontro regional discute rádios comunitárias no PA

A regional da Abraço (Associação Brasileira de Rádios e Tvs Comunitárias) do Sul e Sudeste do Pará vai realizar nos dias 3 e 4 de agosto o 4º Encontro Regional de Rádios Comunitárias na cidade de Jacundá. O encontro será realizado no Centro Comunitário local. A entidade também realiza, em 2 de agosto, o Seminário Regional de Comunicação. O seminário será às 19h no auditório da Universidade Federal do Pará, em Marabá. Mais informações pelo e-mail comunitariafm@bol.com.br.